'Ainda Estou Aqui': Neto de Eunice e Rubens Paiva é homenageado no Cine Brasília
Evento foi organizado pela Polícia Federal para lembrar os 61 anos de golpe militar e, também, os 81 anos da instituição. O diretor-geral da Polícia Federa...

Evento foi organizado pela Polícia Federal para lembrar os 61 anos de golpe militar e, também, os 81 anos da instituição. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e Juca Paiva Avelino, neto de Eunice Paiva. TV Globo/Reprodução No dia em que o golpe militar completou 61 anos, a Polícia Federal exibiu, no Cine Brasília, o filme "Ainda Estou Aqui", vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional. O evento contou com a presença de Juca Paiva Avelino, que foi homenageado pela Polícia Federal. Juca é neto de Eunice Paiva, que lutou por justiça durante décadas, após o desaparecimento do marido, Rubens Paiva, durante a ditadura militar. Juca destacou a história de perseverança da avó e que foi retratada no filme. "Eu nasci depois do desaparecimento do meu avô, convivi muito de perto com a minha avó, e vi no dia-a-dia a luta dela, sempre acreditando no estado democrático de direito, nos momentos mais difíceis acreditando que a luta pelo bem, pela lei e pela justiça seria concretizada", diz Juca Paiva Avelino. Para ele, o filme representa não apenas a história do Brasil, que foi marcada pela ditadura, pela tortura, pelo desaparecimento de pessoas e pela supressão de direitos fundamentais, mas a obra também chama atenção para os dias atuais. A gente também tem consciência que o desaparecimento hoje talvez não seja tão visível, mas continua atingindo diariamente principalmente as famílias pretas, pobres, os 'Amarildos', as mulheres, e assim por diante. Então, a história do meu avô e da minha avó, esse filme diz muito a respeito como a gente lida com esse presente. 🔎CASO AMARILDO: relembre morte de pedreiro torturado pela polícia, no Rio de Janeiro O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues também relembrou o golpe de 1964 e ressaltou os 81 anos da Polícia Federal, completados na última sexta-feira (28), além do papel da instituição. " A Polícia Federal não pode se esquivar de sua parcela de responsabilidade nesse processo e reconhece o papel que exerceu enquanto Polícia da União, dando suporte aos anos de repressão política. Porém, ao longo das últimas décadas, embora não isenta de percalços, a Polícia Federal percorreu um caminho de transformação, consolidando-se como legítima instituição de Estado, consciente de sua missão constitucional na defesa da sociedade e da democracia", diz o diretor da PF. Andrei Rodrigues também citou a modernização e ampliação da Polícia Federal. Segundo ele, houve um aumento de 70% dos valores aprendidos do crime organizado e expansão de 22% das forças integradas de combate ao crime organizado. Ao todo, foram mais de 200 operações, que levaram à prisão mais de mil criminosos. É nosso dever continuar premiando essa trajetória, buscando o fortalecimento institucional que nos permite atuar com responsabilidade e independência, isentos de todo tipo de interferência externa, guiados pelo estrito cumprimento da lei e pelos princípios do Estado Democrático de Direito. Celebrar os 81 anos da Polícia Federal com a exibição desse filme é muito representativo para nós. LEIA TAMBÉM CIRURGIA NO BRAÇO: Menino vive em estado semivegetativo há 4 anos e família denuncia erro de anestesista no DF COMPRA DO MASTER PELO BRB: Banco Central e Cade devem analisar negociação Mortos e Desaparecidos: o que faz a comissão, da qual Eunice Paiva fez parte Leia outras notícias da região no g1 DF.