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Bolsonaro preso: decisão de Moraes cancela visitas de Tarcísio, Castro e Caiado; veja lista

Ex-presidente Jair Bolsonaro é preso Uma das consequências da prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na manhã deste sábado (22), é o canc...

Bolsonaro preso: decisão de Moraes cancela visitas de Tarcísio, Castro e Caiado; veja lista
Bolsonaro preso: decisão de Moraes cancela visitas de Tarcísio, Castro e Caiado; veja lista (Foto: Reprodução)

Ex-presidente Jair Bolsonaro é preso Uma das consequências da prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na manhã deste sábado (22), é o cancelamento de todas as visitas pedidas e autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal ao político. A decisão afeta pelo menos 26 visitas pedidas ou já autorizadas nos últimos dias, incluindo: o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas; o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro; o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (veja a lista completa abaixo). Até este sábado, Bolsonaro estava em prisão domiciliar em condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico – uma área nobre do Distrito Federal, composta por casas de alto padrão. AO VIVO: Acompanhe as últimas notícias da prisão de Bolsonaro em tempo real Lá, Bolsonaro vinha recebendo visitas de aliados e apoiadores. Nesta sexta-feira (21), o ex-presidente chegou a receber o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Os pedidos eram enviados pela defesa do ex-presidente ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo que deu origem à prisão domiciliar. E, via de regra, os pedidos eram aceitos. Na decisão deste sábado, que converteu a prisão domiciliar em preventiva, Moraes determina: "O cancelamento de todas as autorizações de visitas deferidas ao réu Jair Messias Bolsonaro nos autos da AP 2.668/DF." Carro da Polícia Federal em frente à casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, na manhã deste sábado Arquivo pessoal Lista completa No último dia 13, Moraes tinha autorizado as seguintes visitas, previstas para começar na próxima segunda (24) e ir até 11 de dezembro: Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo; Claudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro; Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás; Adolfo Sachsida, economista; Bruno Scheid, vice-presidente do PL em Rondônia; Cleidimar da Silva Moreira, padre de Goiânia (GO); Evair Vieira de Melo (PP-ES) , deputado federal; Guilherme Derrite (PP-SP), deputado federal e ex-secretário de Segurança de SP; José Medeiros (PL), senador; Odelmo Leão Carneiro Sobrinho (PP), deputado federal; Pablo Henrique de Faria, padre da cidade de Iporá, em Goiás; Paulo M. Silva; Ubiratan Antunes Sanderson (PL), deputado federal. Uma outra lista de pedidos, protocolada esta semana, ainda não tinha sido avaliada por Moraes: Bia Kicis (PL), deputada federal; Julia Zanatta (PL), deputada federal; Carlos Portinho (PL), senador; Sostenes Cavalcante (PL), deputado federal; Sebastião Coelho, ex-desembargador do TJDFT; Tiago Pavinatto, jornalista; Padre Kelmon, ex-candidato à presidência da República; Onyx Lorenzoni, ex-chefe da Casa Civil de Bolsonaro; Antônio Machado Ibiapina, dirigente do PL; Gilvan Aguiar Costa (PL-ES), deputado federal; Giovani Cherini (PL), deputado federal; Lenildo Mendes (PL-PA), deputado federal; Almirante Flávio Augusto Viana Rocha, ex-Secretário Especial de Assuntos Estratégicos. Bruno Bierrenbach Bonetti, secretário estadual do PL no Rio; Augusto Nunes, jornalista; Abílio Brunini (PL), prefeito de Cuiabá (MT). Prisão preventiva A prisão preventiva foi solicitada pela Polícia Federal ao STF e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes. De acordo com a decisão, a prisão foi determinada após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente, na noite de sexta-feira (21). 🔎 A prisão preventiva é uma medida que não tem prazo fixo estabelecido e deve ser reavaliada periodicamente pela Justiça. Infográfico: sala de estado onde Bolsonaro está preso tem banheiro, frigobar e TV Arte/g1 Na decisão, Moraes apontou risco de fuga. Segundo ele, o Centro de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou ao STF a violação da tornozeleira eletrônica do ex-presidente às 0h08 deste sábado. O ministro também afirmou que a convocação da vigília “indica a possível tentativa de utilização de apoiadores” de Bolsonaro para “obstruir a fiscalização das medidas cautelares e da prisão domiciliar” da qual o ex-presidente era alvo. Veja decisão que decretou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro O ministro escreveu que, embora o ato tenha sido apresentado como uma vigília pela saúde de Bolsonaro, “a conduta indica a repetição do modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu”, com o uso de manifestações para obter “vantagens pessoais” e “causar tumulto”. “Rememoro que o réu, conforme apurado nestes autos, planejou, durante a investigação que posteriormente resultou na sua condenação, a fuga para a embaixada da Argentina, por meio de solicitação de asilo político”, escreveu Moraes. Moraes também destacou que o condomínio onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar fica a cerca de 13 quilômetros do Setor de Embaixadas Sul, em Brasília — distância que, segundo ele, pode ser percorrida em menos de 15 minutos de carro. O ministro também citou os deputados Alexandre Ramagem, Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro. Segundo ele, os três deixaram o país para tentar escapar da Justiça, o que reforça o risco de fuga do ex-presidente. Em outro trecho, Moraes cita que um vídeo publicado por Flávio Bolsonaro “incita o desrespeito ao texto constitucional, à decisão judicial e às próprias instituições”. Prisão Bolsonaro foi detido por volta das 6h e reagiu com tranquilidade à prisão. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não estava em casa no momento da detenção. O comboio que transportava o ex-presidente chegou à sede da Polícia Federal às 6h35. Após os trâmites iniciais, Bolsonaro foi levado para a Superintendência da PF no Distrito Federal, onde ficará em uma "Sala de Estado" — espaço reservado para autoridades como presidentes da República. Veja imagens do comboio que levava Bolsonaro à sede da PF Ao chegar na superintendência, Bolsonaro realizou exame de corpo de delito. Agentes do Instituto Médico-Legal (IML) foram até o local para realizar o procedimento e evitar exposição desnecessária. Em nota, a Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido por decisão do STF. A defesa de Bolsonaro afirmou que, até as 6h40, ainda tinha sido informada da prisão do ex-presidente. Veja o trajeto percorrido por Bolsonaro após a prisão na manhã deste sábado (22) Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto. À época, o ministro Alexandre de Moraes decretou a medida por descumprimento de medidas cautelares impostas ao ex-presidente. À época, Moraes afirmou que Bolsonaro usou redes sociais de aliados – incluindo seus três filhos parlamentares – para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”. LEIA TAMBÉM Bolsonaro preso: defesa diz que não tinha conhecimento da decisão do STF 'Sala de Estado' da PF onde Bolsonaro deve ficar detido tem cama e banheiro privativo; veja detalhes Bolsonaro preso: veja repercussão entre políticos e autoridades Infográfico: Bolsonaro é preso preventivamente em Brasília e vai para a superintendência da PF Arte/g1 Condenação e pedido da defesa Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF, em setembro, por tentativa de golpe de Estado. A condenação ainda não transitou em julgado e segue em fase de recursos. A prisão deste sábado, porém, não tem relação com essa condenação. Na sexta-feira, a defesa de Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes que substitua o regime inicial fechado por prisão domiciliar humanitária. No pedido protocolado pela defesa, os advogados afirmam que Bolsonaro tem “quadro clínico grave”, sofre de “múltiplas comorbidades” e que uma eventual transferência para o sistema prisional representaria “risco concreto à vida”. A defesa informou que vai recorrer da condenação, mas havia pedido a adoção urgente da medida, para que Bolsonaro permanecesse em casa enquanto o caso não fosse concluído. VÍDEOS: Tudo sobre política