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'Não teve falha de segurança', diz governadora em exercício do DF sobre explosões perto do STF

Homem morreu após série de explosões na Praça dos Três Poderes na noite desta quarta-feira (14). 'Não teve falha de segurança', diz governadora em exercÃ...

'Não teve falha de segurança', diz governadora em exercício do DF sobre explosões perto do STF
'Não teve falha de segurança', diz governadora em exercício do DF sobre explosões perto do STF (Foto: Reprodução)

Homem morreu após série de explosões na Praça dos Três Poderes na noite desta quarta-feira (14). 'Não teve falha de segurança', diz governadora em exercício do DF sobre explosões A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), disse que não houve falha de segurança durante as explosões em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta quarta-feira (13). Um homem morreu após uma série de explosões na Praça dos Três Poderes (veja detalhes abaixo). "Não teve falha [de segurança]. Cada Poder tem sua segurança interna. Nós temos todo um protocolo de segurança. Todo protocolo foi acionado. Tanto que, mesmo com bombas que estavam prontas para serem detonadas, nós não tivemos nenhum ferido", disse Celina Leão à TV Globo. A vice-governador está à frente do Palácio do Buriti porque o governador Ibaneis Rocha (MDB) está em viagem com a família para o exterior e deve retornar à capital no domingo (17). A Polícia Militar e a Polícia Federal realizaram uma varredura na Praça dos Três Poderes e no anexo da Câmara dos Deputados, onde desativaram mais explosivos. Os locais estão interditados, e o trânsito foi liberado por volta das 12h. À TV Globo, o secretário de Segurança Pública Sandro Avelar informou que a Polícia Civil deve criar uma divisão antiterrorismo para ajudar a PF nesse tipo de investigação. A iniciativa ocorre após um pedido de Ibaneis Rocha. Explosões Câmera de segurança do STF mostra momento de explosão na Praça dos Três Poderes Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu após detonar os explosivos. Momentos antes, outras explosões aconteceram no carro de Francisco Wanderley, que estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. O carro está no nome dele, segundo o delegado-geral de Santa Catarina Ulisses Gabriel. O boletim de ocorrência da Polícia Civil do DF confirma que ele é a vítima das explosões desta quarta. Segundo o irmão de Francisco, Rogério Luiz, ele era solteiro, atuava como chaveiro e tinha dois filhos, de 37 e 38 anos, do primeiro relacionamento. A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar as duas explosões. O caso é investigado como ato terrorista, segundo informou o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues. O homem tinha residência fixa em Rio do Sul, em Santa Catarina, onde se candidatou a vereador pelo PL em 2020. Conforme apurado pela TV Globo, ele saiu da cidade natal no dia 26 de julho e chegou em Brasília um dia depois. A Inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) identificou que o veículo continuou circulando em Brasília desde então — prioritariamente nas cidades de Ceilândia e Taguatinga. O que se sabe sobre o caso: Por volta das 19h30 desta quarta, um carro explodiu no estacionamento que fica entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados. No porta-malas, havia fogos de artifício e tijolos. O veículo tem placa de Rio do Sul, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. O dono é Francisco Wanderley Luiz, que foi candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020 e não se elegeu (ele teve 98 votos naquela disputa). Segundo a Polícia Civil, ele alugou uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal. Cerca de 20 segundos após a explosão do carro no estacionamento, Francisco Wanderley Luiz morreu em uma outra explosão, ocorrida na Praça dos Três Poderes (que fica entre o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto). Antes da explosão em frente ao STF, o homem tentou entrar no prédio. Ele jogou um explosivo embaixo da marquise do edifício, mostrou que tinha artefatos presos ao corpo a um vigilante, deitou-se no chão e acionou um segundo explosivo na nuca. Em um relato à Polícia Civil, um segurança do STF afirmou que o homem estava com uma mochila, de onde tirou uma blusa, alguns artefatos e um extintor. A blusa foi lançada na estátua em frente ao Supremo. Quando o segurança tentou se aproximar, o homem "abriu a camisa" e o segurança viu algo semelhante a um relógio digital, acreditando ser uma bomba. Dois ou três artefatos foram lançados pelo homem e estouraram. Depois, ele se deitou no chão, acendeu o último artefato e colocou na cabeça como um travesseiro. No boletim de ocorrência, também consta que o homem compartilhou mensagens pelo aplicativo WhatsApp que antecipavam o que aconteceu na Praça dos Três Poderes, "manifestando previamente a intenção do autor em praticar o autoextermínio e o atentado a bomba contra pessoas e instituições". O esquadrão antibombas foi ao local para fazer uma varredura e verificar a existência de mais explosivos nos arredores, inclusive em veículos e no corpo do homem que morreu. No momento do incidente, estavam ocorrendo sessões de plenário na Câmara e no Senado, que foram suspensas. A sessão do STF já tinha terminado, e ministros e servidores foram retirados em segurança. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava mais no Planalto – e não houve ordem para evacuar o prédio. A segurança do palácio vai ser reforçada com integrantes do Exército. Depois do episódio, Lula se reuniu com os ministros do STF Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin no Palácio da Alvorada. O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, também foi à residência presidencial. A PF abriu inquérito para apurar as explosões, que será enviado a Alexandre de Moraes. Testemunhas relataram que "o barulho foi muito alto" e que viram "o pessoal correndo". Explosões no Distrito Federal arte g1 Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.